26/03/09

Entrevista a Nuno Matos

Uma entrevista a Nuno Matos o campeão de T8 de 2007 e 2008 e campeão de T2 no Ervideira Rally TT:









1 – Olá Nuno, é um prazer entrevistar um grande piloto como você. Quer explicar como começou a sua paixão pelo Todo-o-Terreno?





R:Sou de Portalegre, isso já explica quase tudo! Desde criança que acompanho as primeiras edições da Baja 500 Portalegre e, à semelhança da grande maioria dos portalegrenses, também tenho uma enorme paixão pelo TT, felizmente pude materializar essa paixão.






2 – Qual foi o seu primeiro carro no Todo-o-Terreno?
R:
Foi um Nissan Terrano II 2.4 com as especificações do troféu.






3 – Qual o carro de Todo-o-Terreno que mais gostou de guiar?






R:Não sei se gostei mais de algum do que doutro. Apenas tive 3 carros e em todos eles aprendi e diverti-me muito, mas claro que me está a dar um enorme gozo descobrir e melhorar a minha performance na Isuzu D-Max que é realmente um carro fantástico.






4 – Qual o piloto que mais gosta de defrontar? E quem é o seu maior rival?





R:Penso que a palavra rival é algo que ninguém no TT tem tão presente assim, óbvio que temos os nossos adversários de categoria, mas mais que tudo a “luta” é connosco, no sentido de podermos ser rápidos mas ao mesmo tempo regulares, porque só assim se conseguem resultados no TT.






5 – Qual o momento que mais a marcou na sua carreira?





R:Felizmente já tive bastantes alegrias na minha curta carreira, mas as vitórias dos 2 campeonatos T8 em 2007 e 2008 são as melhores recordações que guardo, porque encerraram em si 2 anos fantásticos em que para além disso, fui muito feliz e me realizei a 100%.





6 – Tem algum ídolo? Se sim qual é?





R:Tenho muitos, no plano internacional o Nasser Al-Attiyah e o saudoso Colin Macrae. A nível nacional temos também dos melhores pilotos da modalidade, por isso admiro todos os pilotos, claro que para mim alguns se destacam mais como: Carlos Sousa, Filipe Campos, Francisco Esperto, Ricardo Leal dos Santos, Rui Sousa, Santos Godinho, ainda que, com características diferentes são todos pilotos que admiro, não só pelo que conseguiram enquanto pilotos, mas também pela forma como estão nas corridas. O melhor de cada um deles com certeza daria o melhor piloto e projecto de sempre J.





7 – Falando do CPTT, acha que com os BMW X3 CC e com o Racing Lancer, este é um dos melhores Campeonatos Português de Todo-o-Terreno de sempre?





R:Em qualidade seguramente que sim, infelizmente em quantidade será dos mais fracos de sempre. E penso que tal não se deve apenas à crise que o país e o mundo atravessam. Todas as entidades envolvidas devem olhar com seriedade para esta realidade, porque inevitavelmente que se não houver quantidade, com o tempo também a qualidade desaparecerá. O valor das inscrições da próxima prova do campeonato explicam com toda a certeza parte do que está a acontecer.





8 – Quais os seus objectivos para esta época?





R:Apesar da inesperada vitória que conquistámos na 1ª prova os nossos objectivos continuam inalterados. Conquistar um lugar no pódio do agrupamento T2





9 – Falando do Dakar, o que acha deste Dakar Sul Americano?





R:Sinceramente, é uma prova que apenas conheço enquanto seguidor e adepto da modalidade, pelo que nessa qualidade penso que o Dakar Africano era mais espectacular.





10 – Faz intenções de participar no próximo Dakar?





R:Não, óbvio que gostaria mas tal não passa disso mesmo, de um sonho.





11 – Se sim, qual o motivo que o faz participar nesta prova.





R:O Dakar é a prova por excelência do TT mundial por isso é uma experiência que naturalmente todos os pilotos gostariam de poder viver.





12 – Pratica mais algum desporto alem do TT





R:Gosto muito de jogar ténis, mas jogo muito menos do que devia.





13 – Acompanha alguma outra modalidade do desporto motorizado?





R:Sim, acompanho, ainda que de forma ligeira pois gosto de tudo o que envolva carros.





14 – O Todo-o-Terreno está de luto com a morte de José Megre, para além de José Megre ter sido criador do actual Transibérico e Baja Portalegre 500 o que significava o José Megre para si?





R:Significa muito, a sua dimensão enquanto homem não se pode cingir ao seu decisivo contributo para a modalidade. Tal como todos os homens de excepção, deixou-nos um enorme vazio e será para sempre um marco e um exemplo. O seu trabalho é de relevância, não só para o TT, como também para Portalegre. É uma figura ímpar e que todos os amantes da modalidade e aqueles que conhecem o seu percurso respeitam, admiram e a quem devem muito.





15 – Este ano no Transibérico, você vai lá estar?





R:Espero que sim, é depois do Portalegre a prova de que mais gosto. Espero que as coisas me corram tão bem como nas 2 últimas edições.

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